2021 - Atual
Título: Desigualdades sociais e seus condicionantes na escolarização de pessoas jovens, adultas e idosas
Descrição: O reconhecimento e a inserção da EJA nas agendas dos poderes públicos nacional e subnacional ganharam novo fôlego após a Constituição Federal de 1988 ter considerado a educação um direito civil e político de todo cidadão, um dever do Estado e apregoar o princípio do desenvolvimento pleno da pessoa, seu preparo ao exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Até então se desenvolviam pelo país serviços educacionais coordenados por instituições confessionais, universidades, igrejas e associações, movimentos sociais e sindicatos, entre outras, buscando enfrentar o incipiente compromisso do poder púbico para com a situação de baixa escolaridade de um expressivo contingente populacional brasileiro. Um atendimento a jovens e adultos centrada no ensino noturno demonstra o quanto é delicado pensar em trajetória escolar do adulto, principalmente pelo horário. O horário, um divisor cultural, vai oferecer condições para serem criadas as marcas e os traços daqueles predestinados ao ensino noturno e, com isso, essa construção consubstancia certa tipologia de educando/a que vai do trabalho para a escola (SOARES, 1987) e deixa de atender parcela significativa da população alargando ainda mais as desigualdades educacionais. O projeto visa compreender condicionantes das desigualdades sociais na escolarização de jovens, adultos e idosos das camadas populares. Para tanto, entende a escola enquanto território de atores plurais incidentes na longevidade escolar de estudantes populares..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Integrantes: Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva - Coordenador / Gustavo Ciriaco - Integrante / Maria Luísa Patrocínio Souza - Integrante / Maria do Carmo da Silva Gomes de Oliveira e Sousa - Integrante / Lismara Cristina Soares - Integrante / Lucimar Aparecida de Jesus - Integrante / Suelen Cristina Faustino dos Santos - Integrante / Milene Felisberto - Integrante / Lucimar de Cássia Fonseca Silva - Integrante / Davidson Júnio Brito - Integrante / Aline Idilvani Silva - Integrante / Alana Morais - Integrante / Viviane Sena - Integrante / Ana Clara Henriques - Integrante.
2021 - Atual
Título: A presença da educação de jovens e adultos nos concursos públicos das instituições do ensino superior
Descrição: O tema da pesquisa é o provimento de vagas no ensino superior público para o atendimento à formação de professoresda educação de jovens e adultos - EJA - compreendido a partir dos concursos públicos. O direito à EJA é reguladopela Constituição Federal de 1988 - CF/1988 - e efetivado nas redes públicas de ensino, o que requer professorespreparados para este fim. Tal preparo se dá com a introdução de componentes curriculares relacionados à EJA naformação inicial docente. Frente às normativas da formação de professores, pergunta-se: dada a complexidadediferencial desta área, como as IES têm provido as vagas de formadores de professores para a EJA?; que exigências,expectativas e parâmetros definem o perfil deste cargo nos editais de concursos para a área? A hipótese é que oestabelecimento do direito à educação para todos no Art. 205 da CF/1988 tenha induzido a criação de vagas e aberturade concursos públicos para professores no ensino superior a fim de atender à formação para a EJA nas licenciaturas.Nos últimos trinta anos registra-se presença crescente de professores recém-contratados para esse fim, além deanúncios de editais de concursos para a área. Embora tal não seja realidade em todas as IES públicas, amultiplicação dos grupos de pesquisas em EJA no diretório do CNPq, bem como a existência de redes entre esses gruposno interior da Anped, são indicativos de que este processo tem contribuído na configuração do campo. A consulta aosdiários oficiais da união, dos estados e dos municípios permitirá identificar e analisar editais de concursos paraprovimento de vagas, no ensino superior público, voltadas à área..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (3) / Mestrado profissional: (3) / Doutorado: (2) .
Integrantes: Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva - Integrante / Ana Paula Ferreira Pedroso - Integrante / Geovânia Santos - Integrante / Leôncio José Gomes Soares - Coordenador / Adenilson de Souza Cunha Jr - Integrante / Maria Victoria Gonzales Peña - Integrante.
2020 - 2021
Título: Educação de Jovens e Adultos nos cursos de licenciaturas da UFOP: por onde anda o debate
Descrição: A presente pesquisa representa continuidade dos estudos que vimos realizando nos últimos anos sobre as relações entre a formação do professor de jovens e adultos, o direito à escola de qualidade e a equidade de educação como formas de enfrentar as desigualdades educacionais (SILVA, 2017). A literatura é profícua em afirmar sobre a importância da formação do professor para a EJA (SOARES, 2003; MACHADO, 2000). O objetivo é analisar em que medida e de que modo os cursos de licenciatura da UFOP incorporam a Educação de Jovens e Adultos em suas disciplinas. O itinerário da pesquisa qualitativa prevê o mapeamento dos seguintes documentos: matriz, plano de disciplina e projeto político pedagógico dos cursos e, por meio da análise documental, das entrevistas semiestruturadas com professores e presidentes de Núcleos Docentes Estruturantes verificar formas explicitadas por eles de contemplar a reflexão sobre os sujeitos jovens e adultos, relativos à Educação de Jovens e Adultos, na formação inicial de professores. A UFOP oferece 14 cursos de licenciatura sendo 3 na modalidade à distância. Em pesquisas anteriores investigamos a formação dos professores da EJA dos cinco municípios do entorno da UFOP (Acaiaca, Diogo de Vasconcelos, Itabirito, Mariana e Ouro Preto) e encontramos que em sua maioria são professores graduados mas que durante a formação inicial não tiveram contato com o campo da EJA. Alguns chegam a se expressar ?Cai na EJA? em relação ao momento de ingresso na sala de aula de jovens e adultos. Se os professores não debatem a EJA na formação inicial, seu primeiro contato com a área será em serviço. Isso rompe com a função primordial das universidades que é tomar para si a formação docente e o direito de jovens e adultos terem uma escolarização consequente. Espera-se que o estudo possa contribuir com o debate sobre as desigualdades educacionais, afinal o percentual de brasileiros e brasileiras com menos doze anos de escolarização é de 52,6% na faixa etária 15 anos e mais. Ou seja, não é residual..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Integrantes: Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva - Coordenador / THALES BATISTA GOMES SANTOS - Integrante.
2019 - 2022
Título: Instituições escolares públicas exclusivas da Educação de Jovens e Adultos e suas especificidades: entre regulação e emancipação.
Projeto certificado pelo(a) coordenador(a) Leôncio José Gomes Soares em 22/05/2019.
Descrição: Há um reconhecimento por parte dos professores, educandos, coordenadores e gestores de que a Educação de Jovens e Adultos tem características próprias. No entanto, somente este reconhecimento não tem sido suficiente para se desenvolver uma proposta de EJA consequente às suas particularidades e a redução das desigualdades educacionais. O desconhecimento por parte de alguns gestores acerca da área dificulta a criação de propostas curriculares que atendam às necessidades e expectativas do público jovem, adulto e idoso. Além do mais, as regulações impostas pela legislação e outros mecanismos de exercício do poder (SANTOS,1997) tendem a limitar a proposição de experiências mais emancipadoras. Segundo Haddad, 2007 (p. 17); com o reconhecimento do direito à educação dos jovens e adultos como oferta pública, a tensão entre uma institucionalização, por meio do modelo de ensino regular acelerado, e a criação de outro modelo que busque a flexibilização, inspirada nas orientações da Educação Popular, é característica permanente desta busca por um caminho próprio de se fazer EJA. Ainda que tenhamos identificado uma flexibilização de tempos e espaços como forma de garantir a permanência dos sujeitos educandos na EJA, resultados da pesquisa que concluímos apontam para um formato de EJA nos moldes do ensino comum, ou seja, muitas vezes as propostas pedagógicas direcionadas à EJA vêm carregadas de inspiração dos desenhos curriculares voltadas para crianças e adolescentes. Outra constatação foi a falta de formação específica dos educadores. Estudos têm afirmado que ainda convivemos com despreparo dos professores para trabalhar especificamente com estudantes da EJA devido a uma formação muitas vezes ineficiente ou inexistente. A pesquisa realizada por Haddad (2007) trouxe um panorama do atendimento de EJA naquela época e apontava para uma nova forma de fazer EJA. No entanto, há descontinuidade e ausência de um padrão nacional de oferta, em função da dinâmica entre compromisso político do poder público, recursos financeiros e pressão social. Poderíamos afirmar, sem perigo de errar, que não há um sistema de atendimento que garanta a continuidade de estudos para os jovens e adultos e um padrão nacional (HADDAD, 2007, p. 11). Por isso, temos tentado compreender o contexto em que a EJA se desenvolve nas suas diversas instâncias de atendimento. Destacamos os seguintes resultados da pesquisa realizada em 29 municípios da Microrregião de Belo Horizonte e dos Inconfidentes: uma gestão educacional apresentando certa instabilidade (rotatividade) na manutenção de suas equipes; redução do atendimento de EJA (nucleação) devido à dificuldades no financiamento; a diversidade dos públicos da EJA, com destaque para os conflitos intergeracionais ? a partir do fenômeno da juvenilização da EJA, evidenciada por uma realidade dramática vivenciada pelos educandos (tráficos, drogas, trabalho precário, desemprego). Além do mais constatamos que o professor tem uma importância grande para a qualidade do atendimento aos educandos da EJA. Um educador que atenda as expectativas dos estudantes, que estabeleça um vínculo afetivo e mobilize diversas estratégias de acolhimento certamente contribuiria para a permanência desses sujeitos na escola. Portanto, destacamos que uma formação específica para a área se torna um diferencial potencializador do trabalho com os educandos da EJA. O cenário, acima exposto, nos apresenta muitos limites e desafios para o atendimento adequado à EJA, no entanto algumas iniciativas se diferenciam dessa realidade. Trata-se da existência de Centros exclusivos de EJA implantados em alguns municípios e estados..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Integrantes: Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva - Integrante / Leòncio José Gomes Soares - Coordenador / Maria Clara Di Pierro - Integrante / Violeta Rosa Acuña Collado - Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.