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2022
Nesta pesquisa, analisamos como professores de Biologia em formação inicial mobilizam funções epistêmicas de modelos nos processos de ensino e aprendizagem em citogenética. Coletamos dados de interações de um grupo de licenciandos em uma sequência didática sobre divisão celular que envolveu a prática de modelagem. Para análise, transcrevemos situações com maior potencialidade analítica, organizadas em cenas e episódios de ensino. Os resultados indicam que os licenciandos mobilizaram diferentes funções epistêmicas dos modelos em discussão: (i) representar, no sentido de similaridade e no sentido de estar no lugar; (ii) investigar e prever; (iii) comunicar; (iv) dar suporte a argumentos e explicações científicas; (v) simplificar e (vi) disponibilizar uma imagem conceitual. Funções epistêmicas relacionadas à comunicação de ideias e argumentação ampliaram oportunidades para que dúvidas de caráter conceitual e/ou visões distorcidas de alguns conceitos emergissem nas interações. Além disso, o estudo aponta implicações para a formação de professores e o ensino de Biologia, especialmente no que diz respeito ao uso da modelagem não apenas como uma atividade de mera manipulação ou representação, mas como uma oportunidade para refletir sobre modelos como artefatos epistêmicos ao possibilitar a vivência mais autêntica da prática científica em contextos de ensino.
Diniz, M., and João F. Soares-Quadros Jr.A arte contemporânea como conteúdo do currículo de arte na educação básica.” In Saberes e perspectivas na educação: múltiplos olhares, 125-134. Ponta Grossa - PR: Atena Editora, 2022.
2021
Júnior, Wilson Alviano, and D. C. K. Diegues. “ Concepções de docentes da rede municipal de Juiz de Fora/MG sobre formação continuada em Educação Física .” Cadernos para o professor XXVIII (2021): 103-116.

 

Este estudo tem como objetivo apresentar algumas reflexões acerca da temática da Educação das Relações Étnico-Raciais e seu elo com a Educação Física. Para tanto, utilizamos como ferramenta a pesquisa bibliográfica. A Educação Física, enquanto componente curricular da Educação Básica, esteve por muito tempo vinculada aos interesses de instituições médicas e militares que definiam seu espaço e campo de conhecimento. Nesse contexto, sua atuação tencionava a formação e a manutenção de corpos disciplinados, fortes e saudáveis, seguindo preceitos como os da eugenia, por exemplo. Nesse tipo de intervenção, as manifestações afro-brasileiras e indígenas eram invisibilizadas, marginalizadas e oprimidas, em detrimento à reprodução de modelos eurocêntricos de expressões corporais. Diante disso, argumentamos a favor de um currículo de Educação Física pautado nos conhecimentos oriundos de diferentes populações, sobretudo dessas que foram historicamente silenciadas e que protagonizam a estrutura nossa identidade.

Júnior, Wilson Alviano, R. D. Colpas, and G. R. Sousa. “PERIFERIA, PODER E CULTURA: praticando o currículo cultural e a interdisciplinaridade na educação básica..” Cenas Educacionais 04 (2021). Publisher's Version Abstract

Trata-se de uma pesquisa-ação que objetiva problematizar como a inter-relação de práticas pedagógicas contribuiu para a promoção de uma educação democrática a partir do reconhecimento das vozes, da gestualidade e das brincadeiras de uma cultura subjugada. Relaciona os estudos culturais e a interdisciplinaridade em busca de renovações nos afazeres pedagógicos. Adota a valorização das práticas culturais dos alunos como fio condutor da proposta, mais especificamente o jogo de “bater cartinhas” ou “bafo” em uma escola estadual localizada na periferia do Espírito Santo. Evitando qualquer resposta definitiva, percebemos maior valorização do trabalho desenvolvido de forma coletiva e em diálogo com o repertório da cultura (corporal) dos alunos. Os estudantes, envolvidos na atividade pedagógica, perceberam-se como produtores de cultura e de novos significados, sujeitos que possuem e disseminam conhecimento e cultura. Ainda que algumas etapas do processo não tenham caminhado conforme esperado, esse objetivo central, fundamental no currículo cultural, foi atingido, e o trabalho dos professores, potencializado pelo agir interdisciplinar.

Defronte as limitações advindas da formação inicial de professores e os constantes rearranjos sociais e tecnológicos que convergem na escola, faz-se necessária a proposição de cursos de formação continuada aos docentes, de modo que aprimorem conhecimentos e desenvolvam habilidades em prol da oferta de um ensino com melhor qualidade aos alunos. Face ao exposto, procuramos identificar, em uma investigação de mestrado, os desdobramentos do curso de Especialização em Mídias na Educação e os possíveis redimensionamentos na prática pedagógica dos professores egressos no tocante à integração das mídias no processo de ensino e de aprendizagem. O estudo, de cunho qualitativo, teve como instrumento para construção dos dados o questionário online contando com a participação de 32 professores. Os resultados indicam a constituição de uma postura crítica por parte de alguns sujeitos frente às mídias, reelaborando as formas de integrá-las na sala de aula. Esses têm observado as particularidades de cada mídia e articulado seu uso com os objetivos pedagógicos que pretendem alcançar. Não obstante, alguns sujeitos mantiveram as práticas de ensino tradicionais e, em consequência, utilizam as mídias apenas como ferramenta de reprodução ou transmissão de conhecimentos, desconsiderando o potencial pedagógico que elas detêm.

O presente artigo apresenta reflexões a respeito da necessidade de abordar os conceitos geográficos de forma significativa ao promover os ensinamentos para crianças.  Nesse sentido, o objetivo principal desta investigação consistiu em refletir sobre as contribuições para a aprendizagem de crianças ao se abordar os conceitos geográficos vinculados as Histórias em Quadrinhos. Para tal, nessa pesquisa de cunho eminentemente qualitativo, apoiou-se nos preceitos da pesquisa colaborativa e da pesquisa-ação. Os dados da investigação evidenciaram que as Histórias em Quadrinhos escolhidas e trabalhadas possibilitaram a aprendizagem significativa dos fatos e fenômenos geográficos pelas crianças, representando uma estratégia facilitadora para abordar conceitos geográficos que fazem parte das relações cotidianas dos alunos, demonstrando suas contribuições para o processo de ensino, de aprendizagem e de produção de conhecimento.

de Paulo, Jacks Richard, and S. M. M. S. Araújo. “AÇÕES AMBIENTAIS NAS LADEIRAS: reflexões sobre uma estratégia de educação ambiental para crianças dos anos iniciais da educação básica..” In Educação, Tecnologias e Gestão, 2:1-224. 1st ed. CRV, 2021.
Mendonça, Paula Cristina Cardoso, and L. C. R. Araújo. “ Desvendando a fotossíntese: uma sequência de atividades baseadas em argumentação.” In Ciência em contexto: propostas para construir espaços-tempos de ciência na escola, 1:325-366. 1st ed. Editora Na Raiz, 2021. Publisher's Version
Mendonça, Paula Cristina Cardoso, L.H. Alves, and L. G. Franco. “Re-pensando o conceito de vida humana por meio de uma questão sociocientífica sobre a eutanásia e o suicídio assistido. .” In Ciência em contexto: propostas para construir espaços-tempos de ciência na escola, 1:298-234. 1st ed. Editora Na Raiz, 2021. Publisher's Version
Mendonça, Paula Cristina Cardoso, and D. S. Oliveira. “ Construindo práticas científicas no processo de ensino e aprendizagem do ciclo celular..” In Ciência em contexto: propostas para construir espaços-tempos de ciência na escola., 1:269-297. Editora Na Raiz, 2021. Publisher's Version
Mendonça, Paula Cristina Cardoso. “ De que Conhecimento sobre Natureza da Ciência Estamos Falando?.” Ciência & Educação 26 (2021): 1-16. Publisher's Version Abstract

Neste artigo apresentamos o que entendemos como um conhecimento amplo de Natureza da Ciência (NdC) levando em conta o objetivo do letramento científico para a Educação em Ciências. Esta discussão se mostra especialmente relevante porque há uma divergência de posicionamento na área. Podemos considerar como abordagem integrada de NdC para atingir tal finalidade: a análise pelos estudantes das práticas dos cientistas a partir do uso de estudos de caso da ciência, e a participação dos estudantes nas práticas científicas e a reflexão metacognitiva sobre os processos de justificação e validação do conhecimento. As duas situações são importantes porque capacitam a compreensão do trabalho dos cientistas em si, e o desenvolvimento do raciocínio científico ao aplicá-lo e analisá-lo em contexto. Este entendimento requer uma abordagem de NdC que não desvincula os processos científicos de seus produtos do conhecimento epistêmico envolvido na legitimação deles.

Mendonça, Paula Cristina Cardoso, and T. C. Ramos. “ Uma proposta de modelo para abordar relações entre Práticas Epistêmicas e Questões Sociocientíficas no ensino de ciências..” Revista brasileira de pesquisa em educação em ciências (2021): 1-29. Publisher's Version Abstract

No presente trabalho apresentamos um modelo que relaciona práticas epistêmicas e questões sociocientíficas (QSC) no ensino de ciências. Para desenvolvê-lo estabelecemos entrelaçamentos entre normas, práticas sociais, objetivos epistêmicos, cognição epistêmica, raciocínio informal, práticas epistêmicas e posicionamento justificado. Sugerimos que a cognição epistêmica é o elo entre raciocínio e práticas epistêmicas. Apresentamos três objetivos epistêmicos que devem direcionar o trabalho com práticas epistêmicas durante a resolução de uma QSC: reconhecimento e utilização de múltiplas linhas de raciocínio ao resolver a QSC, construção e avaliação de argumentos holísticos visando compreender as múltiplas dimensões da QSC e desenvolvimento de investigações céticas para resolver as QSC. Os objetivos apontados contribuem para a avaliação e resolução crítica dessas questões. Julgamos que para a resolução das QSC no ensino é importante a construção de normas sociais considerando-se que essas questões não requerem uma resposta “única” e, portanto, um espaço de reflexão, conscientização e justificação das diferentes perspectivas sobre a questão deve ser oportunizado. As relações estabelecidas no presente artigo contribuem para pesquisas que visam desenvolver e analisar práticas epistêmicas “in situ” em abordagem de ensino com QSC. Além disso, têm potencial de fornecer apoio aos professores que desejam favorecer a ocorrência de práticas epistêmicas em abordagem QSC.

Mendonça, Paula Cristina Cardoso, and L. G. Franco. “ A ciência aberta e a área de educação em ciências: Perspectivas e diálogos .” Ensaio: Pesquisa em educação em ciências 23 (2021): 1-5. Publisher's Version
Mendonça, Paula Cristina Cardoso, T. M. A. Oliveira, and B. C. Almeida. “Dimensões de credibilidade das afirmativas científicas e conhecimento funcional de natureza da ciência.” Alexandria 1 (2021): 367-385. Publisher's Version Abstract

Investigamos como licenciandos em Química mobilizam conhecimentos de Natureza da Ciência (NdC) de maneira funcional na análise de afirmativas científicas relacionadas a um caso contemporâneo sobre os Organismos Geneticamente Modificados. Adotamos como referencial teórico os itens de dimensão de credibilidade de afirmativas científicas de Allchin (2011). Elaboramos critérios para julgar a funcionalidade da análise: (a) foram criticamente examinadas as afirmativas científicas e as práticas relacionadas a elas, evitando a apresentação de conclusões precipitadas; (b) os dados científicos disponibilizados foram usados para fundamentar o posicionamento com evidências e (c) meras declarações de aspectos de NdC foram evitadas. A análise explorou o conhecimento de NdC dos licenciandos além da dimensão declarativa, porque identificamos a coerência do uso com a justificativa estabelecida pelo licenciando no seu posicionamento. Nesse sentido, julgamos que o trabalho apresenta contribuições a área ao tornar mais claro que possíveis critérios utilizar para avaliar os conhecimentos de NdC na perspectiva apontada por Allchin.

Franco, Marco Antônio Melo. “SABERES MÉDICOS E PEDAGÓGICOS: algumas reflexões sobre a influência do pensamento médico no processo de inclusão escolar.” In Inclusão Escolar: construção de saberes. , 1:15-24. 1st ed. CRV, 2021. Publisher's Version Abstract

 

Inclusão escolar: construção de saberes é o resultado do trabalho de pesquisa de diversos professores convidados para integrar a Rede Mineira de Pesquisadores sobre a Educação Especial na perspectiva inclusiva. A Rede Mineira se reuniu por ocasião do II Congresso Mineiro de Educação Especial e Inclusão Escolar, ocorrido de 11 a 13 de setembro de 2019, com o objetivo de fortalecer os laços de pesquisa e consolidar novas iniciativas que articulem os diversos contextos dentro do território mineiro.
 
Esta publicação representa o esforço de muitos professores doutores que, durante anos a fio, debruçaram-se sobre a temática da educação especial na perspectiva inclusiva. As reflexões aqui postas traduzem a preocupação com os indicadores, com os processos inclusivos e com a formação dos professores para a inclusão escolar, no contexto educacional mineiro.

 

Franco, Marco Antônio Melo, D. A. Bomfim, and R. C. S. Carvalho. Processos de alfabetização e inclusão em escolas públicas municipais durante a pandemia: Virginópolis. . 1st ed. NEPPAI, 2021.
Franco, Marco Antônio Melo, P. C. A. Rodrigues, and R. C. S. Carvalho. Processos de alfabetização e inclusão em escolas públicas municipais durante a pandemia: Soledade de Minas. 1st ed. NEPPAI, 2021.
Franco, Marco Antônio Melo, D. A. Bomfim, and R. F. Freitas. Processos de alfabetização e inclusão em escolas públicas municipais durante a pandemia: Santa Efigênia de Minas. 1st ed. NEPPAI, 2021.

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