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O presente texto faz parte de uma investigação que busca pensar os direitos humanos das pessoas trans problematizando a transfobia em diferentes contextos sociais. Propõe a noção de direitos humanos pela perspectiva da interculturalidade ao mesmo tempo que situa a precarização da vida de travestis e transexuais pela transfobia. Numa perspectiva heterodoxa dialoga com teóricos díspares como Boaventura Souza Santos e Judith Butler, porém aponta a importância de trazer inteligibilidade para os rostos de travestis e transexuais, partindo do pressuposto de sua invisibilidade produzida por lógicas cisheteronormativas. São estes rostos que revelam uma alteridade exigente, uma terceira margem que não vemos, que não tocamos, que não conhecemos, por isso precisamos ouvir suas vozes, tocar suas existências para conhecer suas histórias. Talvez assim, nós poderemos colaborar na produção de reconhecimento dos direitos humanos das pessoas trans.