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A arte cinematográfica tem se apresentado como potencializadora de ricas narrativas a partir de diferentes sujeitos, aspectos e abordagens. Percorrendo esse caminho, analisamos o documentário “Nunca me Sonharam” que apresenta, na diversidade e singularidade das narrativas, as expectativas de vida e de futuro de jovens que frequentam as escolas públicas do Brasil. Optamos pela utilização do enfoque hermenêutico e narrativo para analisar os acontecimentos da vida narrados no filme, tomando como foco a relação dos jovens com a escola. Dessa forma, buscamos produzir uma análisenarrativa que lança luz às falas dos jovens inserindo-as em uma história significativa, preservando os elementos singulares e aspirando uma compreensão de sua particular complexidade. Falamos de jovens que vivem a sua condição juvenil na diversidade de experiências, sonhos e expectativas de vida. A centralidade dessas vozes e a diversidade desses estudantes podem mobilizar reflexões sobre a desigualdade social em nosso país e o papel fundamental da educação e da escola. O diálogo com suas narrativas, nos revelam que “tem muitas coisas que queremos dizer, mas não podemos”, que “tem muito sonho. Muita idéia. Pouca gente escutando pra realizar”.