Abstract:
Neste artigo serão analisados os movimentos epistêmicos de uma professora na condução de atividade de uma sequência didática sobre o tema fotossíntese, vivenciada por estudantes da primeira série do Ensino Médio em aula de Biologia, relacionando-os às práticas epistêmicas dos estudantes. Visando atingir este objetivo, analisamos a abordagem comunicativa de sala de aula na tentativa de elucidar os movimentos epistêmicos da professora e as práticas epistêmicas dos estudantes, definidos pela literatura da área. Constatamos que a maior parte das intervenções da professora se tratava de movimentos epistêmicos atrelados ao discurso de autoridade, enquanto a minoria das intervenções da professora estava atrelada ao discurso dialógico. Com isso, percebemos que, como a abordagem comunicativa em sala de aula tendeu ao discurso de autoridade, as práticas epistêmicas desenvolvidas pelos estudantes se associaram às instâncias sociais da produção e comunicação do conhecimento, limitando as possibilidades dos estudantes de desenvolverem práticas epistêmicas nas instâncias sociais da avaliação e legitimação do conhecimento.
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