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O presente artigo problematiza a formação docente em relação à subjetividade, à alteridade e à diferença, especialmente relacionada às pessoas com deficiência e às políticas inclusivas. Ao abordar a trajetória das pessoas com deficiência e as concepções segregadoras que as marcaram ao longo de décadas, destaco a formação docente para a inclusão considerando o tripé, buscando dispositivos que o alcancem e rompam com modelos standards que invisibilizam e segregam o sujeito. O referencial teórico acerca da relação com o saber cunhada por Bernard Charlot atravessa o trabalho, concebendo o sujeito em relação consigo mesmo, com o mundo e com os outros, mediados pela cultura e pela linguagem, incidindo em mobilizações que perpassam a formação docente. A Conversação, introduzida pela Psicanálise, utilizada aqui como metodologia de pesquisa, possibilita às mulheres-professoras a invenção de novas saídas para lidar com o mal- estar, somada às visitas aos museus brasileiros, constituindo-se, assim, em dispositivos de intervenção. O resultado desse trabalho visa à constituição de uma experiência singular, promovendo efeitos de deslocamento físico e psíquico em mulheres-professoras em relação à arte e à cultura no projeto intitulado formação ética e estética de mulheres-professoras em uma experiência de alteridade.