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Este artigo apresenta um estudo sobre a formação de professores na perspectiva decolonial buscando as dimensões constitutivas de dois cursos de licenciaturas em universidades públicas brasileiras, que apresentam marcas e buscas de uma “pedagogia decolonial”. Foram objetos da pesquisa dois estudos de caso, os cursos: Formação Intercultural para Educadores Indígenas (UFMG), e Educação do Campo (UFPA). A pesquisa, por meio da análise documental, encontra aspectos que remetem à emergência de uma “Pedagogia Decolonial”. Para consecução da pesquisa se utilizou como referência básica os teóricos da Rede Modernidade/Colonialidade, entre eles, Quijano (1992, 2005, 2010), Mignolo (1998, 2003, 2010, 2014), Walsh (2008, 2009, 2013) e outros. Utilizou-se como fundamento teórico a concepção freireana de formação, entendendo quanto o seu pensamento está implicado nessa pedagogia Outra. A metodologia é de natureza qualitativa utilizando-se um corpus documental por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 2016). Os achados da pesquisa sinalizam que os cursos apresentam contrapontos que subvertem a pedagogia moderna revelando traços de uma “Pedagogia Decolonial”. Mas, no cômputo geral, encontra-se aspecto que demonstra a reprodução e submissão à colonialidade do saber, especialmente pela análise das suas referências bibliográficas.