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O artigo problematiza o campo da avaliação e aprofunda uma discussão sobre a economia política da avaliação. Refutando uma visão estadocêntrica, avaliar é um ato vinculado ao conjunto de ações que dão sentido ao Estado e à arena pública, permeada por distintos atores e agendas. Ao compreender a avaliação como um campo difuso onde distintos atores institucionais e sujeitos atuam, interagem e fazem escolhas, o fazer avaliativo é um processo que evidencia distintas visões, agendas, interesses e percepções. A avaliação é um processo que articula esse conjunto de elementos onde a técnica ou o método são apenas uma das dimensões e reflete concepções que podem ser mais ou menos hegemônicas. Ao dialogar com referências que dão centralidade às desigualdades, diversidades, contextos e a sabedoria local das pessoas, nos territórios – o alvo das políticas, cidadãs e cidadãos – o artigo tensiona o complexo campo da avaliação na América Latina e no Brasil.