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Este trabalho objetiva analisar e refletir sobre os percalços e desafios de uma professora de Educação Física com deficiência física na trajetória de formação. Procura-se trazer à luz aspectos que poderiam permanecer obscurecidos no esquecimento de sua história de vida. A investigação aqui apresentada está vinculada ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Práticas na Alfabetização e Inclusão em Educação (NEPPAI), certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A metodologia de pesquisa adotada é a autobiográfica, utilizando-se da Entrevista Narrativa (EN) como ferramenta principal. A interpretação dos dados se orienta a partir de uma questão geradora, da qual emergiram as seguintes categorias: o corpo “normal” e o corpo com deficiência física; acessibilidade e (in)exclusão; capacitismo. Através da narrativa da professora participante, constatou-se que ela enfrentou barreiras de acessibilidade em espaços que deveriam ser acessíveis a todos. A análise revelou também percepções permeadas por preconceito, notadamente relacionadas ao capacitismo, e uma tendência a enxergar o corpo com deficiência como “anormal”. As vivências relatadas nesta pesquisa desvendam experiências significativas na formação acadêmica de pessoas com deficiência física e contribuem para a reflexão sobre a construção de uma sociedade mais equitativa e inclusiva.