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O presente artigo tem por objetivo analisar a conjuntura da crise do capital associada às formas com que a classe trabalhadora vem se organizando na atualidade, especialmente os trabalhadores precarizados. Por outro lado, esse estudo busca a interlocução entre os acontecimentos das manifestações de rua ocorridas no Brasil em junho de 2013 - período conhecido como A Primavera Brasileira - e seus desdobramentos pós-movimento. Com base em uma ampla revisão de literatura, foi possível verificar que a crise econômica internacional e a insatisfação do povo com a condução política do Governo Federal foram os fatores motivadores para a insurreição do movimento. Além disso, estudos apontam que o precariado representava grande parte do público participante das manifestações e que a ausência de engajamento em uma classe trabalhista dificultou a organização do movimento e a consequente conquista das principais pautas reivindicadas. Apesar disso, as manifestações de junho de 2013 demonstraram a necessidade que a população tem de ocupar as ruas e de sentir seus protestos ouvidos e reconhecidos, mesmo estando à margem das conquistas políticas, econômicas e sociais do país.